Somente a leitura nada transforma. Obre, ouse, exponha-se, comprometa-se e caminhe com empatia. . . . . . . . . . . . Transformando o Ser ==> www.transformandooser.blogspot.com

sábado, 30 de agosto de 2014

O AMOR

O amor não bate na porta para entrar, o amor, quando existe, quando construído, clama em nosso ser para sair, para ganhar a realidade do mundo, para estruturar forma, meio e veículo na construção contínua que dele fazemos. O amor não é ensinado nem aprendido, o amor é construído, e nasce dos muitos que somos para os muitos do mundo para quem o devemos dirigir, sem preconceitos, ou falsos valores, o bom seria sem valor algum, ou apenas com o valor do próprio e único do próprio amor, entretanto entendo ser impossível viver sem valores. O amor é por si só o valor dele mesmo e de tudo o que com e por ele construímos também. O amor não é troca, é muito mais doação, o amor não espera retorno, espera apenas e tão somente os semelhantes, para o distribuirmos. O amor não busca compromisso, compromete-se.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

AMOR

O amor não "parte" corações, a paixão, ou talvez a paixão não correspondida ou frustrada por um término indesejado possa sim "quebrar" um coração, ou levar a doenças, frustração, depressão, ou agressividade. O amor, da mesma forma não “cega”, não dói, não frustra, não enlouquece, não mata, não ofende, não é passional, não deprime, e não irrita, pois o amor nada cobra, nada oprime, nada destrói, o amor é mais uma espécie de doação, de compromisso, de quase comunhão, de empatia, e de transferência, tem sempre algum viés de altruísmo e de engrandecimento do próximo, seja lá quem for este próximo, e do amadurecimento humano e social do relacionamento. O amor, além de tudo, necessita e se completa mutuamente com um que de racionalidade. Racionalidade esta que o diferencia diretamente da paixão. Ambos são hormonais, são estados mentais de um status momentâneo do nosso circuito cerebral, nenhuma delas é divino ou místico, mas o amor tem um componente de construção e reconstrução intencional. Sim ambas são materiais, no sentido de serem “representações mentais” emergentes da materialidade de um complexíssimo circuito neuro-hormonal. São coisas muito bem distintas, a paixão pode surgir a primeira vista, o amor requer construção, mesmo o amor pelos nossos filhos, codificado geneticamente em nossas entranhas nucleares,  se constrói e se nutre em pleno processo da gravides, tanto para a mãe quanto para um pai participativo.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Um poeta nunca é cego

Um poeta nunca é cego, pois mesmo que se os olhos reais lhe faltassem, continuaria vendo, e o essencial percebendo, com os olhos do espírito mental, aqueles olhos capazes de ver a bela imagem do nada frente ao tudo que este nada pode ser, e que conseguem extrair beleza e poesia do real sentido de materializar o que ainda não é, como se sendo fosse.

domingo, 17 de agosto de 2014

Em pleno desencontro, me procuro

Perdido em pleno tumulto de seres, sou um, cada hora um, no caos dos que me compõem. Em pleno desencontro de almas, me procuro em uma louca jornada pelo improvável, pois quando creio me encontrar comigo mesmo, já sou outro, já não sei de novo quem sou.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Ilusão

Ilusão é viver crendo-se totalmente dono de si mesmo.
Ilusão é viver crendo-se totalmente consciente do que é, do que quer, do que faz e do que pode ser.
Ilusão é crer-se no controle do seu livre arbítrio.
Ilusão é crer-se sábio.
Ilusão é crer-se melhor que os outros.
Ilusão é crer-se signatário de algum contrato social digno, ético e verdadeiramente social.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Heróis?

Utilizando-me de uma colocação de Bernard Shaw “Desgraçados os povos que necessitam de heróis”, eu acrescentaria mais, que principalmente quando é o próprio sistema que tenta de forma midiática construir heróis que são por si só, em sua grande maioria, alienados à realidade social e humana de nosso país, ou mesmo quando estes heróis que a sociedade procura, o faz apenas cobrir algum buraco existencial em nossas próprias vidas, ou a necessidade de torcer por heróis quando nos falta ação, comportamento, ousadia e atitude para trabalharmos, por nós mesmos, sempre visando o coletivo, pelo que nossa sociedade necessita, pelo que nos faça heróis secretos de nós mesmos, não por nós mesmos, mas pela construção ou transformação social, que nos permita perceber que somos parte de algo maior, de algo útil, e de algo verdadeiramente  digno, natural, humano e social.